segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Monólogo das letras

Advirto o tempo com palavras esvoaçadas
Traças rodopiando o catavento
A cada novo tormento
Cato vozes despedaçadas

Sirvo e sucumbo aos travessões
Viro vírgulas e engulo tremas
Interrogo a culpa das exclamações
E de dois pontos faço algemas

Enfeito frases sem vida
Varo às reticências da morte
Garfo a vogal desprevenida
Como a consoante sem sorte


Ponto

Abro aspas em linhas tortas:
Parágrafos do tempo
Sem espaço

5 comentários:

  1. Sabe C.del Pilar, certa vez ouvi um
    comentário do saudoso Tim Lopes que agora repito p/ vc:
    "Só quem brinca com as palavras,
    sabe as graças que elas têm"
    Boa sorte amiga...
    Sandra

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  2. a tua sina fez-me gostar de ti.. pois lembra-me a minha... o mais engraçado e k nao sei como te encontrei nem sei como vim aki parar.. forças do destino ou da tal sina.. ou o k quer q seja... ganhaste uma fa foi talvez isso... tudo de bom :)

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  3. Obrigada, Mesquitana. Venhas quando quiseres, estás em casa.

    Besos!

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  4. "E de dois pontos faço algemas

    Enfeito frases sem vida"
    o sábio disse:
    ""Só quem brinca com as palavras,
    sabe as graças que elas têm"

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